Já escutei diversos comentários sobre a corrida deixar as pessoas com uma aparência envelhecida. Dizem que corredores, fundistas em especial, têm a pele do rosto mais flácida e aparentam mais idade do que têm.
Bom, mesmo que em tom de boataria, a questão é relevante, pois preocupa uma parte dos corredores. Afinal, se correr envelhece, então teremos que rever totalmente nossos conceitos. Será? A melhor forma é buscar a literatura científica sobre o assunto e tentar entender se há algum fundo de verdade nisso.
De acordo com dois estudiosos, Cymet & Sinkov, em um artigo que revisou mais de 30 pesquisas sobre Ósteoartrite X Corrida de Longa Distância, não há evidências de que a corrida acelere ou provoque o desgaste das articulações em pessoas sem histórico deste tipo de lesão. Que fique bem claro: em pessoas que não possuem histórico para este tipo de lesão!
Uma outra dupla de pesquisadores, Kojda & Hambrecht revisou mais de 90 pesquisas nesta área e indicam que o exercício pode ser visto como um antioxidante (que combate a ação nociva dos radicais livres) efetivo.
E, para citar mais um artigo, mais dois estudiosos (Couilladr & Prefaut) na área abordam as pesquisas de forma mais completa. Eles acabam descrevendo aquilo que todos nós com bom senso já sabemos: que a corrida de longa distância e outras modalidades de exercício, quando em doses moderadas, ajudam a combater o stress oxidativo (que gera a formação dos radicais livres, que aceleram o envelhecimento) e que o exagero acaba aumentando esse mesmo stress oxidativo.
Portanto, eu volto a citar um ditado que acredito ser muito verdadeiro nesta questão: “A diferença entre o veneno e o remédio está na dose”. Correr é bom demais, mas correr demais não é bom!
Por Renato Dutra ,Revista Veja
Bom, mesmo que em tom de boataria, a questão é relevante, pois preocupa uma parte dos corredores. Afinal, se correr envelhece, então teremos que rever totalmente nossos conceitos. Será? A melhor forma é buscar a literatura científica sobre o assunto e tentar entender se há algum fundo de verdade nisso.
De acordo com dois estudiosos, Cymet & Sinkov, em um artigo que revisou mais de 30 pesquisas sobre Ósteoartrite X Corrida de Longa Distância, não há evidências de que a corrida acelere ou provoque o desgaste das articulações em pessoas sem histórico deste tipo de lesão. Que fique bem claro: em pessoas que não possuem histórico para este tipo de lesão!
Uma outra dupla de pesquisadores, Kojda & Hambrecht revisou mais de 90 pesquisas nesta área e indicam que o exercício pode ser visto como um antioxidante (que combate a ação nociva dos radicais livres) efetivo.
E, para citar mais um artigo, mais dois estudiosos (Couilladr & Prefaut) na área abordam as pesquisas de forma mais completa. Eles acabam descrevendo aquilo que todos nós com bom senso já sabemos: que a corrida de longa distância e outras modalidades de exercício, quando em doses moderadas, ajudam a combater o stress oxidativo (que gera a formação dos radicais livres, que aceleram o envelhecimento) e que o exagero acaba aumentando esse mesmo stress oxidativo.
Portanto, eu volto a citar um ditado que acredito ser muito verdadeiro nesta questão: “A diferença entre o veneno e o remédio está na dose”. Correr é bom demais, mas correr demais não é bom!
Por Renato Dutra ,Revista Veja
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